terça-feira, 9 de agosto de 2011

Um soneto di Baldassare Stampa

Irmão de Gaspara Stampa do qual sabemos relativamente pouco: o ter sido dado à arte de poetar e a sua inscrição num ciclo de poetas admiradores de Pietro Aretino.

Felice cuor, che vinto dal disio
Da me partisti, e seguitando Amore,
Che ti condusse del mio albergo fuore,
Nel dolce albergo entrasti, ond’egli uscío.

Se ti ricordi, che pur fosti mio,
Quando, lasso, io vivea tempo migliore,
Ascolta i prieghi miei, che ’l fero ardore
Mi detta, e l’aspro affanno acerbo, e rio,

Poiché venir non posso, ove tu sei,
E siccome tu prima in me ti stavi,
Cosí in te starmi ore tranquille, e liete;

Dí, raccontando il mio tormento a lei:
Non piú, Donna, per voi dolore aggravi
Il fedel, ch’io reggeva, or voi reggete.




Feliz coração, que vencido pelo desejo
De mim partiste, e seguindo Amor
que te conduziu do meu albergue para fora,
No doce albergue entraste, donde ele saiu.

Se te recordas, que contudo foste meu,
Quando, coitado, eu vivia tampos melhores,
Escuta as preces minhas, que o fero ardor
Me dita, e o áspero aperto acerbo, e rio,

Pois que ir não posso, onde tu estás,
E tal como antes em mim tu estavas,
Assim em ti estaria horas tranquilas, e felizes;

Díz, contando o meu tormento a ela:
Não mais, Mulher, por vós dor agrave
O fiel, que sustinha, ora vós susteides.


in Lodovico Antonio Muratori; Della perfetta poesia italiana

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